você realizará coisas extraordinárias.”
Pio Carvalho
Olá empresário, tudo bem?
Ele propôs 5 níveis de necessidade (Fisiológicas, Segurança, Amor/Relacionamento, Estima e Realização). Em termos práticos, significa que não adianta elogiar e dar tapinha nas costas (Estima) de um funcionário cujo salário não é suficiente para pagar o aluguel (Segurança), ou para colocar comida na mesa (Fisiológicas).
Faz muito sentido. Mas o próprio Maslow chegou ao fim da vida questionando a própria teoria, por entender que o ser humano é maior que isso e não cabe em sua própria pirâmide. Concordo com isso também.
Mas como não tenho PhD em psicanálise, dou-me a liberdade de simplificar as coisas e criar uma tese (mais do que deveria ser permitido). Minha hipótese divide as pessoas em três níveis de busca pessoal: Sobrevivência, conforto e propósito. O que te coloca em cada um destes níveis não é a sua renda, seus bens ou o meio em que você vive, e sim a sua forma de pensar (ou o seu mindset, para soar atual). Apesar de simplistas, estas categorias já englobam o “algo a mais” que Maslow não conseguiu fechar direito.
Dessa forma, para escandalizar os psicanalistas de plantão, vou dividir os empresários nessas três categorias da minha tese:
Empresário sobrevivente:
É o empresário que busca literalmente pagar as contas e fazer a empresa sobreviver por mais um mês. Sonha não ter dívidas. É avesso à mudanças, pois em time que não está perdendo de 7×1 não se mexe.
Compete pelo menor preço e costuma operar no prejuízo apenas para manter a máquina rodando. Se acha um herói, pois apesar de tudo e todos estarem contra ele, apesar da crise, da Dilma, do Brasil, ele está vivo ainda.
Não tem tempo pra nada, trabalha 16 horas por dia e vê qualquer investimento como um custo muito alto que “não é pra agora”, mesmo sabendo que isso traria redução de custos e aumento de lucros no médio prazo.
É escravo da sua própria empresa. Em sua mente não tem como parar, não tem como sair, não tem como mudar de vida.
Empresário caçador de vento:
O empresário caçador de vento não necessariamente é aquele que tem o conforto, mas o que o busca. Quer ostentar, quer poder e sucesso, e acha que isso é a realização e o sucesso. Tendo ou não dinheiro na conta desfila de carrão, mesmo que às vezes não consiga nem pagar os salários de seus funcionários em dia.
Seu alvo é parar de trabalhar, embora esse sonho seja distante. Fará isso quando alcançar um nível de riqueza capaz de suportar seu padrão de vida (o que nunca alcançará, pois o padrão sobe junto).
O cliente é um mau necessário para atingir seus objetivos. Se pudesse, ficaria sem ele. Se tiver que ligar pra ele pra fechar uma boa negociação ou para pesquisar a satisfação, prefere ficar de fora.
Aceita pequenas mudanças e investimentos, desde que tragam lucro ou conforto no curto prazo.
Trabalha mais do que gostaria e acha que os fins justificam os meios (dá-lhe Maquiavel). Sacrifica o relacionamento com a própria família e até alguns princípios morais e éticos para alcançar o seu objetivo.
É escravo da sua busca por um padrão de vida melhor, por mais poder ou mais sucesso. Esse alvo nunca é alcançado, e se for, verá que lá há um grande vazio decepcionante. É ilusão, é como correr atrás do vento.
Empresário Transformador:
Esse é o cara que tem um propósito. Quer mudar o mundo, transformar o mercado, impactar a vida do seus clientes, de seus colaboradores.
O Empresário Transformador não sonega impostos, é generoso e busca entregar tudo com qualidade e respeito ao cliente.
Prefere ter menos clientes, mas que sejam bons o suficiente para pagarem o preço justo e queiram ter um relacionamento de longo prazo.
Consegue equilibrar família e trabalho sabendo que sem a família não faz sentido ter sucesso no trabalho.
Assim como quer mudar o mundo, muda e inova constantemente e está disposto a investir para obter retornos no médio e longo prazo.
Tem um propósito e sua empresa existe por e para esse propósito.
O que te move?
Qual é o motivo que faz você levantar cedo e ir trabalhar? Sobreviver? Ficar rico e ter uma vida confortável? Ter sucesso e poder? São bons motivo, mas isso tudo é como correr atrás do vento, por mais que você corra e se esforce, não é possível alcançá-lo.
O que te faz abrir mão do conforto? Pelo que você está disposto a abrir mão de parte do seu precioso tempo e dinheiro? Qual é a sua verdadeira motivação para fazer sua empresa crescer e se tornar lucrativa?
Uma chave muda na sua vida e na sua empresa quando você deixa de trabalhar para o seu próprio conforto (sobrevivência, dinheiro, sucesso e poder) e começa a trabalhar com um propósito. Quando a sua empresa deixa de existir apenas para trazer lucro e passa a ter um impacto positivo na vida de outras pessoas e outras empresas.
Saia do piloto-automático, pare de seguir a boiada, pergunte-se: “o que estou fazendo aqui?”
“Desconcordo de mim mesmo” ao simplificar tanto tentando enquadrar em caixinhas o que é bem mais complexo. Mas a verdade é que a sua capacidade de mudar está na sua forma de pensar, e não em condicionantes externos ou no faturamento atual da sua empresa.
Enquanto você pensar como escavo do meio em que vive, como vítima de uma sociedade injusta, ou mesmo como escravo dos seus próprios desejos, sua empresa terá resultados medianos (para evitar a palavra medíocre).
“Quando o seu propósito estiver acima do seu conforto, você realizará coisas extraordinárias. Não trabalhe por resultados, trabalhe pelo propósito.” (Pio Carvalho)
A Tratativa quer reduzir os custos comerciais de sua empresa, tornar ela mais lucrativa e aliviar sua carga de trabalho. Queremos impactar o mercado e fazê-lo mudar para melhor. Menos leilão de preços, menos empresários sobreviventes, mais negociações justas e mais empresários transformadores.
Renove sua forma de pensar. Vamos sair da mediocridade e transformar o mundo? Queremos te ajudar nesse propósito. Vamos juntos!